Treze de Novembro do ano de 2013 depois de Cristo. Acordo com uma nesga de luz, de um sol tímido e frio que insiste em brincar com o emaranhado dos meus caracóis despenteados.
Acho que a minha alma
também acorda assim. Desarrumada.
A casa ainda dorme.
Curioso como me deito
com ela, a casa, a dormir e assim desperto.
Como se fosse assim
que faz sentido.
Hoje, como em todos os
dias desde que me lembro de ser gente, sinto-me uma espécie de autista.
Num mundo onde não
pertenço. Que não é meu.
Mas hoje é um dia de
Outono daqueles em que as árvores vislumbram umas cores que inspiram à poesia.
Em que a natureza me
lembra que tudo é cíclico, que as cores vão passar e o Inverno vai chegar.
Mas hoje é um dia de
Sol também.
E a folha em branco
urge em se escrever.
Tanta tarefa atrasada.
Tantas responsabilidades.