diários de uma non sense girl

Treze de Novembro do ano de 2013 depois de Cristo. Acordo com uma nesga de luz, de um sol tímido e frio que insiste em brincar com o emaranhado dos meus caracóis despenteados.

Acho que a minha alma também acorda assim. Desarrumada.

A casa ainda dorme.

Curioso como me deito com ela, a casa, a dormir e assim desperto.

Como se fosse assim que faz sentido.

Hoje, como em todos os dias desde que me lembro de ser gente, sinto-me uma espécie de autista.

Num mundo onde não pertenço. Que não é meu.

Mas hoje é um dia de Outono daqueles em que as árvores vislumbram umas cores que inspiram à poesia.

Em que a natureza me lembra que tudo é cíclico, que as cores vão passar e o Inverno vai chegar.

Mas hoje é um dia de Sol também.

E a folha em branco urge em se escrever.

Tanta tarefa atrasada. Tantas responsabilidades.

Não obstante, o meu pensamento é rebelde.

E se pudesse estaria longe.

Onde Flui, como nestas linhas que vos escrevo.

Ri de mim. Comigo.

Chego a temer que nem me pertença também, que se enganaram e se instalou no corpo errado.

Mas simpatizo com ele.

Ajuda-me a que o dia-a-dia de marasmos se diluia entre loucuras e risos.

Ajuda-me a situar-me mesmo que me diga:

Foge. Foge comigo Maria (vulgo Cristina Isabel, Oh rapariga :-) )

Desejo-vos um bom dia.

(ou será boa noite? )

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