sonhos progressivos

Já ouviram falar de sonhos progressivos?

As camadas do nosso cerebro são fascinantes

Eu desde sempre que tenho o que se chama de "sonhos progressivos"

A nossa mente nunca pára.

Nem mesmo a dormir

E eu faço tanta coisa ao mesmo tempo que o meu cerebro está programado para continuar os sonhos, no exacto momento onde pararam na noite anterior.

Como se fosse uma novela.

Muitos dos meus blocos de notas, também são sequências deles

Porque de manhã é como se estivesse a ler um livro

O Livro da minha vida

Eu sei que me acham maluca.

Mas podem ter a certeza.

E um dia, um dia escrevo mesmo um livro.

Bons sonhos

corrente(s)

Vivo num mundo patético

Onde imperam fanatismos ideológicos

Distorções do que é ou não é normal

E se eu fosse uma ovelha de um rebanho, teria medo

Medo de sequer pensar

(In)felizmente, não é do que eu penso que tenho medo

Mas do sentir que em nada muda a corrente

Existia uma fábula de um menino que salvava uma estrela do mar, todos os dias

E todos os dias o mar trazia milhares de novas que iriam morrer

Mas ele salvava uma

É uma história bonita

Acreditar que de certa forma fazemos a diferença.

Pelo menos numa pessoa

Por muito que milhares não nos entendam e nos lancem ao mar, porque não seguimos a mesma corrente

Gostava de não ver o sofrimento que vejo

De não sentir as dores dos outros como minhas

Mas ninguém me ensinou a ser outra pessoa

Sou a Vaz

Tenham uma tarde boa

Em paz

contra-capa

Este fim de semana fiquei a saber que faleceu o Senhor Zé.

Não me cruzo com ele há cerca de dois anos, mas eu preferia pensar que apenas era isso.

Um cruzamento adiado nas nossas vidas de encruzilhadas.

O senhor Zé era um cliente assíduo do quiosque onde eu trabalhava.

Divorciado e solitário, religiosamente (aqui o religiosamente é ironia) me ia comprar uma revista de nome Gina, e tinhamos um ritual.

Ele virava sempre a mesma, (onde o preço estava marcado) para o meu impacto visual com aquela "pornografia" em papel fosse minorado, e eu fingia sempre que não percebia o embaraço do senhor Zé.

Falávamos do tempo e eu virava para poder marcar o preço, olhando apenas para o preço,

E aquilo era sempre assim.

O respeito dele por mim

O embaraço

As nossas conversas.

A ternura dele,

Há gente que ficará sempre na história de gente.

Sempre

Pelos pormenores que nos tornam aos olhos dos outros, pessoas maiores

Imensa pena de não me voltar a cruzar consigo.

Saudades.

(só) os outros

A idade trouxe-me para além do cansaço do esqueleto, uma maior rapidez de racíocinio.

Por paradoxal que pareça.

Deixei-me daqueles fatalismos e exageros típicos da meia idade

Sim

Que já estou na terceira e com vontade de ir para a quarta

Já não digo:

"Nunca mais vou apanhar uma bebedeira. Juro. Ai a ressaca"

Agora, apanho, quando me apetece, e acho que para além de mim própria, ninguém tem nada com isso,

Já não digo:

"Bolas, não devia vir para as redes sociais publicar fotos com ursinhos e dizer disparates"

Estou-me já um bocado nas tintas para os julgamentos.

Vivo de bem com a minha consciência acreditem.

Podem me chamar nomes

Rotular

E dai?

Vocês são felizes por mim?

Pois .

Nem eu, por vocês.

Por isso vivam.

Não tentem ser perfeitos, todos os dias, a todos os segundos.

Ninguém é.

E ou vivemos uma vida boring cheia de folhas em branco, ou vamos escrevendo, sentindo, com falhas...mas com uma história para contar

E sabem:

É mesmo isso que importa

Deixem de lado as merdas dos falsos moralismos

Do socialmente correto

Sejam únicos

Irrepetíveis

Insubstituiveis para aqueles que vos querem bem

Os outros?

São só os outros

os amigos e os dispensáveis

(Dia do Obrigado) Chega a ser caricato, como em certos momentos da tua vida, percebes quem mantens na tua vida, porque é tua amiga, e quem mantens apenas pelo comodismo de não conseguires dizer:

"Em nada me acrescentas"

O que ainda me magoa mais, após estas decádas de vida, é quando nos meus piores momentos, não há um

"Precisas de alguma coisa, porque eu estou aqui"

E nos momentos em que alguém te dá algum valor, os mesmos, ficam surdos e mudos.

Tomo notas

Tomo notas dos silêncios

Tomo nota das invejas

Tomo nota das pequenas frustrações

Não serei eu a dizer que em nada me acrescentam

Uma coisa eu sei,

Não são meus amigos.

Isto para chegar ao dia do Obrigada

Obrigada

A todos os que estão

estiveram

estarão

Obrigada.

Porque eu dou valor à palavra amizade

Não bajulo

Mas estou

E acho, que sabem disso

fechar a porta

O meu pai dizia-me com alguma regularidade que eu era ingénua, ao permitir que "toda a gente" entrasse na minha vida, como se fossemos amigos de longa data.

Um dia eu expliquei-lhe que entendia.

Que no fundo entendo a maioria das pessoas.

Porque o dito normal, é desconfiar.

É ser cauteloso

E por vezes demoram anos, até que se possa dizer que conhecemos alguém de verdade.

Bem, na minha vida, já tive amigos de longa data que me trairam.

Assim como tenho amigos que em meses me ajudaram mais que muitos numa vida inteira.

É tudo tão relativo, não é?

Sigo a minha intuição.

E sim, parto do príncipio que quem me procura, não me quer mal.

Se partisse de outro principio seria uma canseira.

Aqui, nas redes sociais, permito que entrem.

Não permito é que ninguém venha a "minha casa" ser grosseiro ou mal educado.

Até permito os silenciosos, aqueles que me criticam mas em silêncio.

Não me incomodo, afinal têm que se entreter com alguma coisa.

Aqui todos temos o direito de escrever o que bem nos apetecer

Parvoice é permitida

Faltas de respeito, não.

É simples.

Assim como abro a porta, também a sei fechar.

Acho que o meu pai me entendeu.

Respirou fundo e disse:

"No fundo, eu também sempre fui assim, camarada"

Lembro bem esse dia.

E sinto a falta de ao seu jeito me dizer:

"Não faças aquilo que eu fiz, mas sei que o farás."

Noite serena

um livro maior

(Juro que ainda não snifei o incenso. O gajo ainda esta a fazer a guia de remessa da mercadoria, não vá a GNR lhe pedir a fatura)

Num mundo onde o paradigma é escrever no livro de reclamações do outro, eu, opto por pedir o livro dos elogios.

Desde muito pequenina que percebi, como as pessoas se prostituem.

Algumas, claro.

Por poder. Por dinheiro. Por prazer, sei lá eu.

Talvez por ser a forma menos dura de se viver, que isto de amar o outro é lirismos.

Também desde pequenina que percebi que quando sofro pelos outros, soa a estranho.

Afinal: who cares?

Há agora uma palavra em voga: "empatia"

Talvez seja apenas empática.

Eu prefiro pensar que faço apenas o que acho justo.

Tratar todos como gostaria que me tratassem a mim.

Podem ficar com o ouro.

Podem tentar tirar-me a paz

Reclamar

Não me importa.

Ainda sinto frustração ao pensar que por muito que eu escreva no livro dos elogios, o outro livro, aquela onde destilam o veneno, terá sempre o peso maior da balança.

Mas a Vaz é teimosa like a mula

Não têm que se incomodar comigo

Se me derem paz eu já fico feliz

Também não faço questão de agradar a gregos e a troianos.

Se os reis magos me curtirem já é na boa.

Bom dia

Experimentem dizer a alguém hoje algo bonito

Vão ficar surpreendidos com o resultado.

duas metades

Há dias em que me apetece dizer o que penso

Em que me apetece dizer que vivemos num sítio chamado mundo onde cada vez mais tudo é proibido de dizer, com medo de sermos chacinados publicamente e chamados desde de antifeministas, a racistas, a retrogadas, a fdp, a imbecis......

Porque na verdade, a igualdade dos dias de hoje é uma igualdade a roçar a ditadura do :

Se não pensares como eu és um belo de um mother fucker.

Eu poupar-me-ia a muitos ódios de estimação, se ficasse caladinha e aceitasse o ámen dos outros.

Mas não consigo.

Para mim ver um homem coçar os tomates é algo um pouco ordinário

Ver uma mulher a fazer o mesmo, é igualmente ordinário.

Mas se eu me manifestar, sou uma cabra porque não defendo a "minha classe"

E isto...dizem que é igualdade

Só vos queria dizer que se há alguém que tem orgulho em ser mulher sou eu

E que as defendo.

Como defendo os homens

Porque tento defender o que é justo, não pelo sexo mas pela pessoa.

Desculpem se eu tenho alguns valores importantes.

Desculpem lá

A sério

Dia bom

1º de janeiro

Bom dia

Quer dizer, boa tarde .

Quem está ressacado levante a mão

(deixem estar, não tenho tempo para contar 925 amigos )

Hoje acordei com a vontade de ser émerita de alguma coisa

Não sei.

Efeitos colaterais destas festas todas

Dizer-vos e sei que é um cliché, que o melhor que podemos ter é mesmo a saúde.

O meu fígado diz-me isto todos os dias.

Este ano, vou tentar ouvir mais o fígado que o coração.

Que esse é um mother fucker.

Só me dá desgostos.

Ao menos com o fígado, brindamos e conversamos muito

A segunda coisa melhor que vos posso desejar é óbvia.

Amor.

Gostar de alguém é uma coisa do caraças.

Mesmo.

Vá, dinheiro.

O vil metal é o que nos permite sobreviver, não é?

E depois podemos meter sexo, muito sexo, drogas e rock and roll

Esta última parte irei negar sempre

FELIZ ANO NOVO camaradas

Vamos lá a ele