Literalmente, mascarando medos.
Fragilidades.
Vulnerabilidades.
Para não enlouquecermos, fingimos que
está tudo bem, como a frase que nos foi formatada.
"Vai correr tudo bem"
Mas se paramos para pensar, os fantasmas
começam a parecer reais.
Numa das minhas mãos, cerrada, guardo as
munições.
Na outra, aberta e vazia, anseio pela
poesia que me foi cativa.
Percebo então, que não estás ao meu lado
nas trincheiras.
Numa guerra real, atormenta-me mais que
a morte, saber que és imaginário.
E a lucidez nestes momentos é
avassaladora.
Tento ludibria-la
Mas ela é astuta.
Ganha-me, mesmo quando a tento
anestesiar.
O mundo está doente, meu amor.
Não há lugar para florear.
Não há perfume
Não há tempo para existir tempo, daquele
que flui à margem de um rio que corre
Que segue o seu curso.
Em paz
E sem tempo....
Não existimos.
Que horas são?
Foi apenas um sonho mau.