Amor, apareceu-me algo
no cérebro.
Dizem os especialistas
que é um tumor.
Algo que irá alastrar
e destruir as “camadas”, dentro delas aquelas em que eu penso em ti (tanto)
Dizem que tenho pouco
tempo.
Todos nós morremos.
Agora eu sei do que provavelmente morrerei eu.
Talvez isso explique
esta agitação que tenho sentido.
Esta pressa de viver e
de sentir.
Pensamentos que se
confrontam querendo sair fora das camadas e se estender .
Estender para fora o
que está dentro (alma)
No campo das
probabilidades, talvez um dia se lembrem destes pensamentos e não pensem em mim
como uma folha em branco.
Pensem num ser humano
bom que existiu e isso basta-me.
Quanto a nós amor,
nada me basta.
Faltará sempre vida, dentro da que nos foi possível viver.
Sabes AMOR....tens-me
feito falta.
Ausências tuas magoam
mais que as dores que começo a sentir no cérebro.
Irónico como a vida me
colocou isso assim: Nu e cru.
E agora a ampulheta
corre veloz e tinha tanto ainda para te dizer.
Quero que saibas que
contigo fui tão feliz.
Fecho os olhos e vejo
o teu sorriso.
Como é bonito o teu
sorriso.
E sorrio sozinha
porque te vejo de olhos fechados melhor que ninguém mais te vê.
Cada segundo da nossa
história fez sentido.
És. Foste. Serás,
princípio e fim da minha história de amor.
Quando a ampulheta
deixar de correr lembra-te disso.
Fez sentido cada
segundo.
Amo-te.
Enquanto houver vida
em mim.
E depois disso também.
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