expor os medos

Tomo tantas notas

Ao longo da minha vida, sempre fui uma observadora passiva das atitudes dos outros.

E aprendia com isso

Sempre o fiz de forma intuitiva

Ao analisar comportamentos tentava sempre esmiuçar e entender

Pensava eu que talvez por analogia, compreender os outros, me iria ajudar a entender-me a mim própria

Hoje, ao analisar o meu percurso até aqui, ainda nem sei como tenho conseguido fingir que não é dor, a dor que deverás sinto.

(diria o poeta)

Continuo com medo

E expor os meus medos não faz de mim uma pessoa fraca.

Sou humana, como qualquer um dos que me Lê.

Não tenho conseguido vir aqui dar-vos sarcasmos e ironias

Também há nos meus olhos mais que ironias, cansaço

Um cansaço de muitos anos

Há na minha vida algo que me move mais que a própria fé que os crentes sentem

Esse algo tem de ser maior que tudo

Impulsionador

Motivador

Esse algo é a minha capacidade de Amar.

Resta-me saber, se terei forças para isso,

Porque percebi, que me falta tanta vez o receber de volta, um pouco do que eu dou de mim aos outros.

Quem disse que a vida é fácil?

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