e depois do adeus

Teatro.

Estava sozinha e ouviam-se músicas revolucionárias.

Mandei-te uma SMS. Dizia que te amava e o quanto desejava ter-te ali ao meu lado.

Juntos. A ouvir a mesma música.

A criar memórias.

A música ia tocando e eu estava absorta naqueles fados tristes, que conquistavam a também tristeza alma minha.

Apareces. E sentas-te ao meu lado.

Toca o “E depois do Adeus”.

A nossa primeira vez ali.

Quase profético.

A nossa última vez.

“Teu lugar a mais. Tua ausência em mim”.

Sabia naquele momento que ali se tinha eternizado uma memória.

Adeus era uma palavra proibida.

Tu, eras apenas uma enorme mentira.

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