viagem

 


Decidi voltar a pegar na caneta e fazer algo que me dá tanto prazer:

Registar estes meus pensamentos desalinhados, em linhas rectas de raciocínio.

Tentar que façam sentido.

É a primeira vez que escrevo para ti e isso deixa-me nervosa.

Quase tanto como a primeira vez que te vi.

Não obstante, o nervosismo funciona como o motor que acende o rastilho dos sentimentos.

A adrenalina que sinto dentro de mim e me move a avançar, sem medo.

És um mistério ainda.

Mais que eu.

E isso seduz-me ao invés de me afastar.

Enigmas e lados lunares sempre me cativaram.

O fácil aborrece-me.

Sorrio ao pensar em fins de linha que julguei definitivos.

A vida mostra-nos que o são até recomeçarem .

As vezes que foram necessárias, sem pontos finais.

Como o grão de areia de tempo que insiste em cair incessantemente na ampulheta da nossa vida.

Cada grão que cai é uma oportunidade a menos

Hoje sinto com tanta intensidade isso, que assusta. E não é necessariamente mau.

Urge a vontade . A capacidade de ainda a ter.

E hoje escrevo apenas, para te dizer que vale sempre a pena arriscar.

Mesmo quando a probabilidade de existir uma certeza é ínfima.

Analogicamente como quem joga no euro milhões.

Talvez nunca tenhamos certezas de nada.

E no entanto avançamos.

Gosto de ti, do pouco que te conheço.

Gosto ainda mais do que desconheço.

O que é uma novidade na minha escrita.

Sorri.

Afinal de contas; sou simpática.

 

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