equilíbrio

Imaginem que estão em cima de uma corda bamba, qual circense.
Essa corda está fixada nos extremos por dois cumes das mais altas elevações que possam imaginar.
Está um dia como o de hoje.
Frio.
Vento. Sol. Chuva.
E vocês estão nus. Expostos. Olham para baixo e só conseguem ver abismos.
Precipícios.
Do lado direito têm um rol de escolhas, como se a vossa vida tivesse sido escrita por um guionista psicopata.
Do lado esquerdo, conseguem visualizar cada uma das consequências, de cada uma das escolhas.
Um sem fim, de vidas paralelas, ali, à distância de uma decisão.
Têm medo.
Frio.
As pernas tremem e estão imobilizados.
A corda mantém-se firme. Ondulante.
E assim é a vida.
Tentamos manter o equilibro.
É isso.
Nunca fui muito boa nisso que os outros chamam de "EQUILIBRIO"
Já cai, literalmente, centenas de vezes.
E isso deixou-me marcas
E não falo de nódoas negras.
Falo daquelas cicatrizes que não esquecemos, porque estão ali todos os dias no espelho, a lembrar quem somos.
E apesar disso, levanto-me todos os dias como se estivesse no cimo da corda pela primeira vez.
Com a mesma vontade de viver
Sei que doi quando caimos
Mas só temos duas hipotéses.
Ou desistimos ou aprendemos
E quase que começo a ser uma mestre nisto se as lições forem o sofrimento.
E está tudo bem
Acreditem
A vida é mesmo deliciosa.
Não tem só medos, tem chocolate quente, tem abraços gigantes que nos aquecem a alma, tem beijos molhados, tem amor. Tem risos. Tem amigos. Tem sol, adrenalina.......

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