fundão

 Quando era miúda, ir passear ao Fundão era algo que o meu pai adorava.

E lá íamos.

Nunca percebi muito de marcas de automóveis, mas sei que existia um Fiat 127 verde

E como gostava o meu pai daquele carro.

O verde deve ter sido por causa do Sporting.....mas isto digo eu.

Adorava ter a rádio do carro ligada, e muita vez na RCB onde de quando em vez gostava de ouvir os relatos de futebol do afilhado

Mas o que eu gostava mesmo era de ouvir música com ele.

E ao passar na Adega Cooperativa do Fundão cantarolava sempre o Jerónimo.....com aquela letra fantástica.

Lembro-me de perguntar ao meu pai muitas vezes quem cantava aquilo.

Mas só percebi quem era aquele músico há 10 anos atrás.

Nunca me tinha cruzado com ele.

Nem nunca o imaginei como sendo real.

E isto chega a ser engraçado

Isto para vos dizer, que quando dou por mim a reler as páginas do meu livro, tanta amálgama de sentimentos se confundem em mim no presente.

Isto de viver é mesmo um devir alucinante

Idealizamos pessoas, e acho que há aquelas que nunca pensamos vir a conhecer.

Porque estão naquele lado inalcançável

Uma espécie de referência nas nossas vidas

E eles nem sabem disso.

O Intervalo de estrada que medeia entre a Covilhã e o Fundão é feito de saudades. De memórias. De Amor

De regressos ao passado

De futuro

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