pássaros

Da janela do meu quarto, quando o Sol nasce de mansinho, todos os dias um pequeno melro, sobe a um poste e canta em direção ao prédio aqui da frente.
No sexto andar, existe um passáro engaiolado, que rotineiramente a minha vizinha coloca na varanda.
Tenho em mim que o melro morreu de amores por aquele prisioneiro, e todos os dias lhe faz uma serenata
Na amálgama dos meus pensamentos, tento imaginar o que ele lhe diz.
Imagino que lhe fala de como é a vida para além daquela gaiola.
Como é bom voar ao som do vento.
Sem limite e sem destino.
Imagino que lhe promete que um dia o vai resgatar e terão um ninho só deles, num condominio simpático de humanos bons.
Diz-lhe talvez, que também ele se encontra cativo daquele amor, e que trocaria a sua liberdade por um canto que não fosse triste.
Não sei.
Gosto de o ouvir.
Já se tornou um hábito
Um dia terei saudades dele

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