O Interioridades da edição desta semana da Gazeta do Interior contempla a
ilustre covilhanense Cristina Vaz.
[Facebook, António Fontinhas]
Aqui fica a transcrição na íntegra:
«Nasci e resido na Covilhã. Formei-me em Gestão de Empresas no Instituto
Politécnico da Guarda. Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, sendo há 22
anos contabilista certificada. Mas é a escrevinhar que faço a minha catarse do
stress profissional. As redes sociais são uma gaveta aberta para o mundo onde
partilho pensamentos, em modo de “Blocos de notas”. Aparentando-se muito com um
diário no qual deixo à deriva os meus estados de alma, que convido desde já os
leitores a dar uma espreitadela (sorriso largo).
Espero de algum modo inspirar alguém ou que haja uma identificação do lado
de quem me lê. Se assim for, já valeu a pena. “A memória é uma espécie de
Bobina” alguém escreveu e se um dia me esquecer de quem fui, estes blocos de
notas são fragmentos meus.
Além dos Blocos de Notas, desenvolvo, já há alguns anos, um blog, CV
entrelinhas (http://cv-entrelinhas.blogspot.com), que publico mais pontualmente,
gostando de desenvolver temáticas um pouco mais pessoais, digamos que sentimentais
(riso).
Aqui deixo ficar, a título de exemplo, um dos meus textos publicados
recentemente em torno da quadra natalícia que se avizinha a grandes passos:
In bloco de notas
«Conhecermos alguém a meio da sua vida é quase como começarmos a assistir a
uma série na segunda temporada. Se gostarmos muito da pessoa, continuamos a
seguir a série na esperança que haja muita criatividade para que temporadas se
sucedam até ao fim de ambas as vidas. E se gostarmos mesmo muito, muito da
pessoa, tentamos ver as séries anteriores. Porque nos ajudam a entender quem
está à nossa frente.
Isto para vos dizer, que das pessoas de quem eu gosto muito, acho
importante levá-las à casa da minha avó. Porque é lá que está o sótão que fica
perto das estrelas. O quintal onde brincava com o meu irmão. As hortenses da
Dona Hermânia. O cheiro da cozinha dos pastéis de molho. Nos dias de Natal, a
casa ficava cheia. E eu gostava de sair para a rua sozinha na véspera.
Percorrer o bairro deserto. Era tão feliz porque voltava. Porque sabia que ali,
alguém me esperava».
Desejo, do fundo do coração, um Feliz Natal a todos os leitores da Gazeta do Interior.»
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