observadora de mim


Somos seres vivos compostos de camadas.

Desde cedo que me coloco como observadora passiva.

Até de mim própria

É um exercício muito interessante

Por isso, com a idade que tenho, tenho a capacidade de me rir de mim própria, de não me levar muito a sério.

De não me vitimizar

A vida é feita de tanto

Acasos, decisões, amálgama de variantes que não controlamos.

E neste limbo, vamos crescendo no nosso caminho de seres humanos.

Errando, caindo.

Uns mais medrosos, outros mais corajosos

Uns carregados de malicia

Outros ingénuos

E nesta diversidade, tentamos caminhar rodeados de amigos, de conforto.

Tentamos não estar sozinhos no meio de uma multidão de estranhos.

Encaro os estranhos como amigos que ainda não conheço.

Parto da premissa, que ninguém me quer mal.

Assim como eu não desejo mal a ninguém.

Confio.

E acredito.

O tempo inevitavelmente tanta vez me mostra que estou errada

Mas o caminho é em frente.

Não entendo porque perdemos tanto tempo a ser amargos.

A vida ..... bem a vida é um devir alucinante

Que me emociona todos os dias.

Sinto saudades do meu pai.

Da minha avó.

Dos meus amigos, que fisicamente já aqui não estão.

Por eles faço por ser feliz todos os dias.

E ser feliz são momentos perecíveis onde alcançamos a eternidade, aqui e agora.

Sou tão grata.

Obrigada a vocês também.

Por caminharem de uma ou outra forma, comigo.


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