Quando a nossa hora se
aproximava
O meu coração
dessarrumava-se
Como que agitando a
alma
Num reboliço constante
Assim como quem
transborda de felicidade
E não existe mais
espaço
Para espaços
arrumados.
Nessa hora
instalava-se o caos emocional
E por uma hora o mundo
parava
E amavamo-nos como se
as outras horas
fossem meros
fragmentos de tempo sem importância.
Aqui e agora no meu
relógio essa hora não passa mais.
Como que quando ela
chega
Em mim se cruza um
buraco negro
Um buraco a céu aberto
onde o tempo cristalizou.
Aqui e agora a nossa hora é apenas um vazio
E o coração está
impecavelmente arrumado.
Arrumado e parado.
Bate.
Apenas isso.
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