Nunca te devia ter olhado nos olhos uma primeira vez.
Nesses olhos tristes.
Acutilantes que me
rasgam a alma e me desnudam o ser.
Olhei e fixei-me
neles.
Apaixonei-me.
Mea culpa.
Capitulei-te.
Agora é tarde para
voltar ao ponto de partida.
Aquele ponto em que te
olhei nos olhos uma primeira vez
Como que um ponto de
exclamação.
Já fazes parte de mim.
Fazes parte de mim com
um parêntesis
Que mais parece um
ponto final.
Aprendi-te.
Sim aprendi-te.
Cada pedaço de ti. Do
teu eu.
Agora chego a não
saber onde começas Tu
E termino Eu.
Leio os teus
silêncios.
Decifro as tuas
entrelinhas
Oiço os gritos de
alerta
que me sussurras ao
ouvido
E não obstante o
tempo que por nós passa
Continuo com sede de
aprender-te
Como naquele primeiro
dia
Em que te olhei nesses
olhos tristes.
Dias há em que me
apetece fugir-te.
Existem mágoas mútuas
Discutimos e sinto que
ficamos ambos perdidos
Nesses dias
O Sol não nasce
O dia não acontece
E eu adormeço em vida.
Esmoreço
Desvaneço
Mas depois, de olhos
ainda fechados
vejo-te
Relembro-te nesses
olhos tristes e...
Amo-te
Amo-te em cada pedaço
de ti em mim
Sinto uma vontade
imensa de correr para os teus braços
Fazemos Amor.
E quando estás dentro
de mim e te digo:
"Agora sim estou
completa".
Fazes-me tanta falta.
E termino com um ponto
de interrogação:
Porque te amo eu tanto assim meu amor?
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